sábado, 31 de julho de 2010

Doutrina politica e Nacional

1. Quando no já tão longínquo Março de 1919 convoquei em Milão nas colunas do Popolo d'ltalia os sobreviventes intervencionistas-combatentes que me haviam seguido desde a constituição dos Fascios de Acção Revolucionária, em Janeiro de 1915 - não havia qualquer plano doutrinário específico no meu espírito.
De uma só doutrina tinha tido experiência viva: a do socialismo desde 1903-1904 até ao Inverno de 1914; quase um decénio. Experiência de filiado e de chefe, não experiência doutrinal. Mesmo naquele período, a minha doutrina foi sempre a doutrina da acção. Não havia desde 1905 uma doutrina unívoca, universalmente aceite, ao começar na Alemanha o movimento revisionista chefiado por Bernstein contra o qual, na alternância das tendências, se formou um movimento revolucionário de esquerda que na Itália não passou do terreno teórico, mas que no socialismo russo foi o prelúdio do bolchevismo. Reformismo, revolucionarismo, centrismo; até os ecos dessa terminologia se extinguiram, mas na grande corrente do Fascismo encontrareis os filões que partiram de Sorel, de Péguy, de Lagardelle, do Mouvement Socialiste e da coorte dos sindicalistas italianos que de 1904 a 1914 trouxeram uma nota de novidade ao meio socialista italiano, desviri1izado e cloroformizado pela jornicação giolittiana, com as Pagine Libere de Olivetti, La Lupa de Orano, e Il Devenir Sociale de Enrico Leone.
Acabada a guerra, o socialismo já não existia como doutrina em 1919: existia só como rancor e com uma única finalidade, principalmente na Itália, as represálias contra aqueles que tinham querido a guerra e que deviam expiá-la. O Popolo d'ltalia tinha como subtítulo Diário dos combatentes e dos produtores. A palavra produtores era já a expressão de uma orientação mental. O Fascismo não surgiu de uma doutrina elaborada antecipadamente em torno de uma secretária: nasceu da necessidade de acção e foi acção; não foi partido, nos primeiros dois anos foi antipartido e movimento. O nome que dei à organização fixava-lhe os caracteres. Entretanto, quem reler nas folhas já amareladas da época a narração da reunião constitutiva dos Fascios italianos de combate, não encontrará uma doutrina, mas uma série de apontamentos, antecipações e esboços que, libertados do jugo inevitável das contingências, deviam, depois de alguns anos, desenvolver-se numa série de posições doutrinárias que faziam do Fascismo uma doutrina política em confronto com as outras, passadas e contemporâneas. "Se a burguesia, dizia eu então, julga encontrar em nós o seu pára-raios, engana-se. Devemos ir de encontro ao trabalho... Queremos habituar as classes operárias à capacidade de direcção, até para as convencer de que não é fácil dirigir uma indústria ou um comércio ... Combateremos o retrogradismo técnico e espiritual. Aberta a sucessão ao regime, não devemos ficar imbeles. Devemos acorrer; se o regime cair, devemos ocupar o seu posto. Cabe-nos o direito de sucessão por termos levado o país à guerra e o conduzir à vitória. A representação. política actual não é suficiente, queremos uma representação directa dos vários interesses ... Poderia dizer-se que com este programa voltamos às Corporações. Não importa! Queria, por isso, que a Assembleia aceitasse as reivindicações do sindicalismo nacional do ponto de vista económico.
Não é singular que desde o primeiro dia ressoe na Praça do Santo Sepulcro a palavra corporação, que no decorrer da Revolução devia significar uma das criações legislativas e sociais básicas do regime?

2. Os anos que precederam a Marcha sobre Roma foram anos durante os quais as necessidades de acção não toleraram investigações ou elaborações doutrinárias completas. Lutava-se nas cidades e nas aldeias. Discutia-se e o que era mais sagrado e importante - morria-se. E sabia-se morrer. A doutrina completa com divisões de capítulos, de parágrafos e floreados de elucubração, podia faltar; mas havia algo de mais decisivo a substituí-la: a fé. Todavia, quem se lembrar de consultar os livros, os artigos, os votos dos congressos, os mais longos e mais curtos discursos, quem souber indagar e escolher, descobrirá que os fundamentos da doutrina foram lançados no mais aceso da luta. É justamente nesses anos que o pensamento fascista se ergue, se aperfeiçoa e se encaminha para uma organização. Problemas do indivíduo e do Estado, da autoridade e da liberdade, políticos e sociais e os mais especificamente nacionais; a luta contra as doutrinas liberais, democráticas, socialistas, maçónicas, populares, foram conduzidas contemporaneamente com as expedições punitivas. Mas, porque faltou sistema, os adversários de má fé negaram ao Fascismo toda a capacidade de doutrina, apesar desta, ainda que tumultuosamente, ir surgindo, primeiro, sob o aspecto de uma negação dogmática violenta, como sucede com todas as ideias que despontam, em seguida, sob o aspecto positivo de uma construção que nos anos de 1926, 1927, 1928 encontrou a sua concretização nas leis e nos institutos do regime.
Não apenas como regime mas também como doutrina, o Fascismo está hoje claramente individualizado. Esta expressão é interpretada no sentido de que, exercendo a sua crítica sobre si e sobre os outros, o Fascismo tem o seu ponto de vista inconfundível de referência - portanto de orientação - em relação aos problemas que afligem prática ou intelectualmente os povos do mundo.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sento solamente noia quando vivo la realt�
Sento lodio sulla pelle quando guardo la citta
Mentre osservo i suoi palazzi, le sue inutili vetrine
Mi riscopro innamorato delle squallide rovine

Quanto vile conformismo c� nella democrazia
Quanta sete di potere, servilismo, ipocrisia
Ora siamo giunti a un bivio e di fronte due sentieri
Si pu� vivere da schiavi o morire da guerrieri

Ora osserva la mia spada che punta verso il sole
Ascolta nel silenzio le mie ultime parole
Ed allora tu vedrai
Bruciare ancora il fuoco di antichi samurai


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Para comprensão do Fascismo(3 e Final)

10. Essa personalidade superior é a nação, porque é Estado. Não é a nação que cria o Estado segundo o velho conceito naturalista que serviu de base à exaltação dos Estados nacionais no século XIX. Antes, a nação é criada pelo Estado, que dá ao povo consciente da própria unidade moral uma vontade e, portanto, uma existência efectiva. O direito de uma nação à independência deriva, não de uma consciência literária e ideal do próprio ser, nem tão-pouco de uma situação de facto mais ou menos inconsciente e inerte, mas de uma consciência activa, de uma vontade política em acção e disposta a demonstrar o próprio direito, isto é, de uma espécie de Estado já in fieri. De facto, como vontade ética universal, o Estado é criador do direito.
11. A nação como Estado é uma realidade ética que existe e vive enquanto se desenvolve. Se parar, morre. Por isso, o Estado não é somente a autoridade que governa e dá forma de lei e valor de vida espiritual à vontade individual, é também força que fez valer a sua vontade no exterior, obtendo reconhecimento e respeito, isto é, demonstrando factualmente a sua universalidade em todas as determinações necessárias do seu desenvolvimento. É, portanto, organização e expansão, pelo menos virtual. Pode assim adaptar-se à natureza da vontade humana que no seu desenvolvimento não conhece obstáculos e se realiza provando a própria infinitude.
12. O Estado fascista, forma mais alta e poderosa de personalidade, é força, mas força espiritual. Esta concentra em si todas as estruturas da vida moral e intelectual do homem. Não pode limitar-se a simples funções de ordem e de tutela, como pretendia o liberalismo. Não é um simples mecanismo que limita a esfera das chamadas liberdades individuais. É forma, norma interior e disciplina da pessoa na totalidade; penetra na vontade como na inteligência. O seu princípio, inspiração central da personalidade humana vivendo em sociedade, entra nas profundidades e instala-se no coração do homem de acção, do pensador, do artista, do sábio: alma da alma.
13. Em síntese, o Fascismo não é somente promulgador de leis e fundador de institutos, mas educador e promotor de vida espiritual. Pretende refazer, não as formas da vida humana, mas o homem, o carácter, a fé. Para alcançar este fim, necessita de disciplina e de autoridade que penetrem nos espíritos, dominando-os incontestavelmente. O seu emblema é, pois, o feixe dos Lictores, símbolo de unidade, de força e de justiça.

sábado, 17 de julho de 2010

Decibelios Oi! Oi! Oi!




Ya va siendo hora de empezarla a armar,
Ya va siendo hora de empezar a luchar.
Un mundo de intereses hay que atacar,
Se acerca nuestra hora y se van a enterar.

Oi! Oi! Oi!

Ya va siendo hora de empezar a tomar,
Todo lo que quieras sin tener que esperar.
A llegado el tiempo de empezar a exigir,
Lo que necesitas para poder vivir.

Oi! Oi! Oi!, ect.

Guerrillas callejeras por la capital,
Jóvenes armados ocupando la ciudad.
La única manera de poderse enfrentar,
Violencia y mala ostia, los vamos a aplastar.

Oi! Oi! Oi!, ect.

Skinheads, Oi!.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Para comprensão do Fascismo(2)

5. O Fascismo é uma concepção religiosa onde o homem é encarado sob o ponto de vista da sua relação com uma lei superior, com uma vontade objectiva que transcende o indivíduo particular, elevando-o a membro consciente de uma sociedade espiritual. Quem, na política religiosa do regime fascista, se deteve em considerações de mera oportunidade, não compreendeu que, além de ser um sistema de governo, o Fascismo é também e acima de tudo um sistema de pensamento.
6. O Fascismo é uma concepção histórica, segundo a qual o homem só é aquilo que é, em virtude do processo espiritual para que concorre no grupo familiar e social, na nação e na história, na qual todas as nações colaboram. Daí, o grande valor da tradição nas memórias, nas línguas, nos costumes, nas normas da vida social.
Fora da história, o homem nada é. Por isso, o Fascismo se ergue contra todas as abstracções individualistas de base materialista tipo século XVIII; e contra todas as utopias e inovações jacobinas. Não julga possível a felicidade sobre a terra, como a desejava a literatura economicista do século XVIII e, portanto, repele as concepções teleológicas que vêm em certa época da história, a organização definitiva do género humano. Isto significa colocar-se fora da história e da vida, que é um contínuo fluir e devir. Politicamente, o Fascismo quer ser uma doutrina realista; na prática, aspira a resolver apenas os problemas que surgem por si, historicamente, permitindo a sua própria solução. Para agir entre os homens, tal como na natureza, é preciso entrar no processo da realidade e tornar-se senhor das forças actuantes.
7. Anti-individualista, a concepção fascista é a favor do Estado; e é pelo indivíduo, na medida em que este coincide com o Estado, consciência e vontade universal do homem, na sua existência histórica. Repele o liberalismo clássico, que surgiu da necessidade de reagir contra o absolutismo e esgotou a sua função histórica desde que o Estado se transformou na própria consciência e vontade populares. O liberalismo negava o Estado no interesse do indivíduo particular, o Fascismo reafirma o Estado como a realidade verdadeira do indivíduo. E, se a liberdade deve ser a prerrogativa do homem real e não do abstracto fantoche em que pensava o liberalismo individualista, o Fascismo é pela liberdade. E é pela única liberdade que pode ser uma coisa séria, a liberdade do Estado e do indivíduo no Estado, uma vez que, para o fascista, tudo está concentrado no Estado e nada existe de humano ou de espiritual, e muito menos tem valor, fora do Estado. Neste sentido, o Fascismo é totalitário, e o Estado fascista, síntese e unidade de todos os valores, interpreta, desenvolve e potencia a totalidade da vida do povo.

8. Nem indivíduos, nem grupos (partidos políticos, associações, sindicatos, classes) fora do Estado. Por isso, o Fascismo é contra o socialismo que paralisa o movimento histórico na luta de classes e ignora a unidade estatal que funde as classes numa única realidade económica e moral; analogamente, é contra o sindicalismo classista. Mas, na órbita do Estado organizador, o Fascismo quer que sejam reconhecidas as exigências reais que deram origem ao movimento socialista e sindicalista, fazendo-as valer no sistema corporativo, que concilia os diversos interesses na unidade do Estado.
9. Segundo as categorias dos interesses, os indivíduos são classes; são sindicatos, segundo as diferentes actividades económicas co-interessadas; mas, antes e acima de tudo, são Estado. Este não é número, um somatório de indivíduos que constituem a maioria de um povo.
Por isso mesmo, o Fascismo é contra a democracia, que identifica o povo ao maior número, rebaixando-o ao nível da maioria, mas é a forma mais pura de democracia, se o povo é concebido consoante deve ser, isto é, qualitativa e não quantitativamente, como a ideia mais forte, porque a mais moral, coerente e verdadeira, que actua no povo como consciência e vontade de poucos ou até de um só e como ideal que tende a agir na consciência e na vontade de todos. De todos os que, etnicamente, extraem da natureza e da história as razões para formar uma nação, ligados pela mesma linha de evolução e de formação espiritual de modo a constituir uma só consciência, uma só vontade.
Não estamos perante uma raça ou uma região geograficamente individualizada, mas face a uma estirpe que se perpetua historicamente, uma multidão unificada por uma ideia que é vontade de existência e de poder: consciência de si, personalidade.

terça-feira, 6 de julho de 2010