É para muitos observadores um fenómeno eleitoral inédito.
O partido de Le Pen que já tinha surpreendido na semana passada, progride de forma assinalável entre as duas voltas do escrutínio regional, tendo agora obtido mais 500.000 votos do que no Domingo anterior.
A segunda volta marcou o regresso definitivo da Frente Nacional ao primeiro escalão da cena política francesa.
Com efeito, presente nas doze regiões metropolitanas em que logrou ultrapassar a fasquia dos 10%, o partido aumentou o seu resultado eleitoral em todas, sem excepção.
No Nord Pas de Calais, os 22% recolhidos por Marine Le Pen, foram inclusive superiores à percentagem obtida por seu pai nas históricas presidenciais de 2002, em que o líder histórico passou à segunda volta.
Em Provence Alpes Côte d’Azur, Le Pen conta agora com o apoio de cerca de um quarto do eleitorado.
Segundo alguns analistas, a diminuição da abstenção foi um factor decisivo para o avanço nacionalista na segunda volta.
Na opinião da politóloga Nonna Mayer, o êxito alcançado no último Domingo constituiu «Um verdadeiro sucesso para a Frente Nacional, representando não só uma entrada financeira significativa para os cofres do partido, para além de sinónimo de uma mobilização adicional para os militantes.»
O PNR congratula-se pelo sucesso obtido pelo seu congénere francês, e em simultâneo pela rotunda derrota infligida a todos quantos o pretendiam destruir recorrendo amiúde, aos estratagemas mais abjectos.
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