Todos os anos, por altura do Verão, surge o flagelo dos incêndios florestais. Este ano o drama começou mais cedo: em Março de 2009 já tinham ardido dois terços da área consumida pelas chamas em 2008. Apesar das promessas habituais de reforço de meios, humanos e técnicos, a floresta continua ao abandono.Responsáveis pela manutenção florestal dizem que não foi feita qualquer limpeza de matas e que a recuperação das áreas ardidas no ano passado não se fez por falta de vontade política.A prevenção, nomeadamente ao nível de limpeza e vigilância, continua a ser desprezada por governantes e autarcas. Resta-nos o esforço de quem combate as chamas, muitas vezes de forma voluntária e altruísta, e das autoridades que perseguem suspeitos de fogo posto.Em Junho de 2008 encontravam-se detidos cerca de 70 incendiários. Não há números divulgados sobre a quantidade de suspeitos identificados mas estima-se que sejam centenas. No entanto a PJ acredita que apenas um terço dos incêndios tenham origem criminosa. Dizem que o principal problema é a limpeza de matas, que não é efectuada durante o resto do ano. A esse problema junta-se a negligência, normalmente relacionada com queimadas ou piqueniques.Há milhares de pessoas a receber subsídios e rendimentos, sustentadas pelo erário público para nada produzirem, e que deviam ser enquadradas em projectos de utilidade pública como a limpeza de matas. Essas operações de limpeza poderiam ser dirigidas por equipas especializadas, com o apoio logístico das Forças Armadas, e nas quais deveria ser aproveitada a colaboração dos subsidiários.Para o PNR o património ambiental é fundamental. Combater a subsídio-dependência também. Estas vontades podem, e devem, ser conjugadas de forma a dar-se prioridade ao interesse colectivo. Valorizar o Nacional e combater a parasitagem, eis a simples receita.
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